terça-feira, 15 de novembro de 2011

Eduardo Falaschi comenta a cena musical no Brasil

A proposta do blog é debater assuntos variados, hoje sobre música, mas não a gaúcha.
Estava pensando em algo para publicar no blog quando recebi a notícia de que Eduardo Falaschi, vocalista da banda de Heavy Metal brasileira Angra, havia sido entrevistado e acabou dando um depoimento para o Rock Express.
Eduardo Falaschi desabafa, e fala sobre o cenário do heavy metal no Brasil após o Festival do Dia Nacional do Metal. Acredito que esse cenário não esteja ruim só para o heavy metal brasileiro.
Assista o vídeo e entenda melhor do que estamos falando aqui:



Pessoas concordam e pessoas discordam do que foi falado por Edu Falaschi, mas vamos fazer uma análise do que foi falado.
1º - Já ouvi muitos relatos de pessoas que perdem shows por que não ficam sabendo, ou seja, existe algo errado aqui. Não estou dizendo que as bandas brasileiras não investem em propaganda, mas acredito que haja um bloqueio de alguma parte em relação a isso. Pra se ter uma idéia, ficamos sabendo que seria comemorado o dia do metal quando vimos esse vídeo, ou seja, um dia depois do evento. A alguns anos atrás, ficamos sabendo de um show do Angra em Novo Hamburgo, Rio Grande do Sul, depois que o show havia acontecido. Não vi nenhum cartaz na rua, nenhuma propaganda na TV, talvez na internet havia algo, mas com a correria do dia a dia é difícil para até pra ver os e-mails, Facebook, Orkut e outras redes sociais.
2º - Angra, Shaman, Symfonia e outras não podem ser comparadas co Sepultura, pois é a mesma coisa que pedir a uma pessoa que passou a vida toda ouvindo Luiz Marenco, César Oliveira e Rogério Melo e José Cláudio Machado, que são músicas de raíz e tradição do Rio Grande do Sul, ouvir Tchê Garotos, que é também música com características gaúchas mas com estilo diferente. Então não tem por que cobrar uma pessoa que vai ao show do Angra ir ao show do Sepultura.
3º - Acredito que muitas pessoas não compram os cds das bandas que gostam de ouvir devido ao valor elevado, mas não culpamos ninguém a não ser os impostos por isso. Quanto se gasta para fabricar um CD? R$3? Talvez R$5? Mais R$10 que a banda quer ter de lucro são R$15 certo? Por que o CD é vendido a R$25, R$30 ou R$35 reais? Talvez por isso que as pessoas baixem da internet ao invés de comprar.
Creio que muitas das coisas que Eduardo Falaschi disse são verdade, outras sem fundamento, mas os termos usados foram pesados demais.
Lembrando que são apenas opniões, assim como tu tens a tua, nós temos a nossa e Eduardo Falaschi tem a dele.

18/11/2011

Claro, estávamos aguardando este vídeo!
Edu Falaschi pede desculpas pelas palavras usadas no vídeo anterior mas, não muda o contexto de seu pensamento.


Pois então, não temos mais muito a falar.
Acredito que todas as pessoas que gostam do rock, independente da tribo, aceita as desculpas, pois a ideia do movimento é muito boa porém, continuo a bater na mesma tecla: o que falta é divulgação, basta avalhar de qual parte é que falta.

4 comentários:

  1. O que o Edu falou pode ser levado para o Rock em geral no Brasil e não somente o Metal...
    As pessoas quando vão aos Shows de bandas independentes por exemplo, não se dão nem o trabalho de aplaudir o artista que em sua grande parte tem um nível tão elevado quanto os Gringos (ou até maior no caso do Almah,Angra,Sepultura)...
    Muito triste ver o Metal Nacional acabar enquanto tds pagam fortuna por shows de bandas gringas como ele falou.

    Lamentável mas é a realidade...
    o Rock no Brasil está morrendo!

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Em primeiro lugar, sem divulgação as pessoas não conhecem as bandas e em segundo, não vão aos shows.
    "A propaganda é a alma do negócio."

    kiss!

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  4. Concordo plenamente com O Edu, falou tudo.
    O Metal Nacional está muito desvalorizado, O Edu está certo e pronto, e precisamos APLAUDIR mais o trabalho do Brasileiro!

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