Capitólio, em Washington: daqui vai sair a decisão que pode mudar a internet que conhecemos
Claro que um roteiro desses já conhecemos, mas uma ideia como esta estava restrita somente à ficção. À princípio, um projeto que regulamentaria a internet nos Estados Unidos, ou no mundo in loco, já que as maiores gigantes do setor estão lá, parecia válido, mas se pararmos para pensar que, além disso, o governo dos EUA adquire o direito de rastrear onde os usuários de internet de todo o mundo estão visitando, aí é outra história.
Você pode pensar que a imprensa, como um todo, é golpista e que uma lei dessas não faria sentido em lugar nenhum, mas se você é um desses, saiba, está enganado. Desde que corporações de tecnologia ficaram frente a frente com as empresas geradoras de conteúdo de entretenimento, a coisa começou a ficar tensa. De um lado, Google, Facebook, Wikipédia, Amazon, eBay e outras que dependem do compartilhamento de conteúdo para sobreviver, de certa forma. De outro, Universal Music Group, Warner, Disney, entre várias que apoiam o projeto. Para você, abro a discussão de novo, quem é mais importante?
Já se sabe que a pirataria consome recursos que a indústria da música poderia arrecadar. Mas eu, a meu ver, nunca gostei desta história de "indústria". Tá certo, a música e o cinema não seriam os mesmos se não houvesse corporações que gerenciassem seus artistas e suas produções, mas isto não é justificativa. PIRATARIA é ainda outra história. Mas o SOPA engloba tudo isto. Qualquer compartilhamento de conteúdo seria suspeito.
E isto não é bom para a internet em geral. Sou contra o SOPA e digo mesmo: em alguns casos, a imparcialidade não vale, ainda mais quando mexe com o bom senso coletivo.
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Nota: o Brasil é da turma do "deixa-disso": aprovou o fim dos impostos para CDs e DVDs de artistas nacionais. É um começo, felizmente.
Um abraço, e até a próxima!
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